Quanto Vale ou é por quilo?

ANÁLISE CRÍTICA

Quanto vale ou é por quilo? Um filme de Sérgio Bianchi, em seu slogan diz: “quanto vale ou é por quilo? Para quem tem fome DE VERDADE!” , basicamente é o que procuraremos demonstrar; demonstrar a verdade cultural do brasileiro hoje e nos tempos da do Império, na escravidão. Logo nas primeiras cenas do filme já podemos notar como culturalmente o brasileiro vem sendo “moldado” pelos fatores determinantes biológicos e/ou geográficos.
Senão vejamos: biologicamente os negros por serem de uma cor adversa dos demais é tratado como escravo, como um indivíduo que não se pode misturar na sociedade, sendo forçados a realizarem trabalhos onde necessitam praticar extremo esforço físico, são denotados como objetos. Geográficos, pois na atualidade, não se estendendo somente aos negros e sim também as pessoas humildes (de baixa renda), por domiciliarem em determinadas ruas, bairros ou até mesmo cidades, são vistas como adversas, atípicas, àquele meio.
Podemos verificar o que acima foi dito quando uma mulher negra e alforriada, nos tempos do Império, tem seu escravo tomado por um homem branco; onde esta luta por seus direitos tentando reavê-lo e a mesma é processada e condenada por perturbação pública. Isto não difere nos dias atuais, onde um indivíduo, de poucas posses, tenta lutar por seus direitos é suprimido pelos mais abastados para que estes não sejam tolhidos ou menos favorecidos em seus diretos.
Denota-se dessa maneira que o brasileiro vem se moldando aos poucos culturalmente por estes comportamentos, por essas atitudes, ou seja, a ter uma visão de um racismo velado, parecendo que essa discriminação é normal, é tangível aos olhos da sociedade, fazendo de uma maneira quase imperceptível, que esse racismo/preconceito vá se adaptando a nossa cultura passivamente.
Vale salientar ainda que os atuais criminosos foram comparados, no contexto do filme, com os escravos trazidos pelos navios negreiros, demonstrando que este racismo ainda existe. Pois foram