PÓS-FORDISMO E AS RELAÇÕES DE TRABALHO

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PÓS-FORDISMO E AS RELAÇÕES DE TRABALHO
Por Adelson Silva dos Santos.
O presente estudo visa analisar o atual período pós-fordista quanto à organização do trabalho e reestruturação produtiva das relações trabalhistas, bem como relacionar isso com as manifestações culturais de nosso tempo e exemplificar as transformações decorrentes no Direito do Trabalho.
No período pós-fordista, para início de explanação, verifica-se que o capitalismo parece atender às reivindicações dos trabalhadores do modelo alienador e explorador do modelo Taylorista-Fordista de produção capitalista.
De fato, nesse período o paradigma passa a ser o Toyotismo. Do modelo em que o trabalho é parcelado, as funções são fragmentadas, o processo do trabalho é seccionado em quem o elabora e quem o executa, as fábricas são

verticalizadas

e

o

operário

massificado,

entre

outras

características do modelo anterior, conforme Ricardo Antunes (2000, p. 25), outro modo de organizar o trabalho e produção é referenciado a partir da fábrica japonesa da Toyota.
A fábrica deixa de ser vertical, no sentido de abrigar o processo de produção desde a transformação da matéria prima até a comercialização dos produtos, com a massificação dos operários e padronização dos produtos.
Rompe-se com o modelo taylorista-fordista por formas flexíveis de produção, individualizadas e sem regulamentação, vinculada à demanda e outras características a serem abordadas.
Na verdade, o novo paradigma pretende reduzir a necessidade de trabalhadores na produção industrial, possibilitadas pela automação. Com o menor número de empregados no processo produtivo e a necessidade de maiores conhecimentos, os trabalhadores passam a ser incentivados a investir na criatividade, no desempenho ótimo e na versatilidade bem diferentemente do que ocorria no sistema taylorista-fordista. Como escreve Murilo Carvalho
Sampaio Oliveira1 (2006, p. 6):
De outro lado, não há mais parcelamento do trabalho como

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