Publicidade De Perfumes De Grife E A Re Hellip

Publicidade de Perfumes de Grife e a Representação da Mulher
Amanda Pereira Veloso1
Gabriela Sorice Pinto2
Isabela Amorim Santiago3
Luiza Ananda Santana Martins Ferreira4
Maria Luísa Gomes Martins5
Nathalia Lima Mazzieiro Mendes6
Ângela Cristina Salgueiro Marques7
Resumo
O presente artigo analisa a publicidade de perfumes de grife de forma a revelar a representação feminina dentro da sociedade contemporânea, agregando valores de luxo, sensualidade e poder, focando-se somente nisso, excluindo a capacidade intelectual própria da mulher. Além disso, mostramos o quanto a própria marca Chanel e as atrizes que protagonizam tais comerciais conseguem embutir valores que são transmitidos socialmente.
Palavras-chave: Publicidade de Perfume de Grife; Representação Feminina; Sensualidade; Objeto-Sexual; Mulher
Introdução
As grandes produções publicitárias de perfume trabalham com signos auditivos e visuais, para criar uma fusão entre os sons e as imagens – de forma sinestésica –, capaz de vender um produto puramente olfativo. As representações femininas são exploradas, com o intuito de criar padrões de vida – ligados ao poder e à beleza proporcionados pelo corpo da mulher. Todos os elementos cinematográficos são usados como instrumentos altamente capazes de transportar a consumidora ao mundo do luxo e, apresentá-la a confiança que o produto pode trazer. A construção dos comerciais é feita de forma icônica e grandiosa: celebridades que exaltam o glamour, carros, jóias caras, maquiagens e mulheres que protagonizam cenas românticas e eróticas, para intensificar do público-alvo de usufruir da mesma sensação:

Esse universo imaginário adquire vida para o leitor se este é, por sua vez, possuído e médium, isto é, se ele se projeta e se identifica com os personagens em situação, se ele vive neles e se eles vivem nele. (MORIN, 2005: 78)

Os elementos usados nos comerciais se apresentam através da troca entre o seu próprio discurso e o meio social. Assim, o meio é utilizado como base