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Mais rico que Benetton, Armani, Prada...
A fortuna do espanhol Amâncio Ortega, dono da Zara, torna-se a maior do mundo da moda Raul Juste Lores
O espanhol Amancio Ortega, 67 anos, não tem a estampa de dândi do francês Bernard Arnault, dono da Louis Vuitton. Nem virou sinônimo de elegância, como o italiano Giorgio Armani – em compensação ocupa a 18ª posição na lista dos bilionários da revista americana Forbes e é o homem mais rico do mundo da moda. Para alcançar sua fortuna pessoal, de 10,3 bilhões de dólares, seria preciso somar todo o dinheiro de Luciano Benetton, Ralph Lauren, Giorgio Armani e Miuccia Prada e ainda faltaria quase 1 bilhão de dólares. Quem chega mais próximo dele é o sueco Stefan Persson, dono da rede de lojas H&M, em quadragésimo lugar na lista da Forbes. Ortega é uma figura surpreendente. Criou do nada a marca Zara e hoje tem 1.600 lojas vendendo roupas com essa etiqueta em 45 países, o dobro do que possuía cinco anos atrás. O coração desse império global está instalado num lugar improvável, a Galícia, uma das regiões menos industrializadas da Espanha. São quarenta fábricas e 32.000 empregados em torno de Arteixo, cidadezinha de 23 000 habitantes na periferia de La Coruña, onde o bilionário vive desde criança.
AFP

Loja da Zara em Madri: preços mais baixos e distribuição muito rápida
A receita do sucesso de Ortega pode ser resumida da seguinte maneira: os 200 figurinistas da Zara se inspiram (ou copiam, segundo a concorrência) nas principais tendências expressas pelas marcas mais sofisticadas, como Armani, Prada e Donna Karan. A diferença em relação a essas grandes grifes não está apenas no preço (o da Zara é uma pechincha), na produção (a da Zara é muito maior) ou na qualidade (a da Zara é menor), mas, sobretudo, na velocidade com que tudo acontece nas fábricas de Arteixo. As principais concorrentes, a americana Gap e a sueca H&M, têm o maior número de lojas. Mas, enquanto ambas levam cinco meses para