Psicopatas

A sociedade de hoje em dia tem certas regras e padrões que os seres humanos devem seguir estritamente. Estas regras são criadas para nos permitir viver de forma organizada e em harmonia para com os nossos semelhantes. Não obstante, à margem dessa sociedade perdura uma minoria que não segue os padrões e as regras há pouco referidos. Este pequeno grupo de indivíduos é caracterizado pela ausência de sentimentos, como a compaixão, o amor e até de culpa. São pessoas frias, cruéis e que se regem segundo impulsos que não conseguem controlar. São os psicopatas. Apresentadas as duas facções deste jogo de forças, resta-nos, apenas, saber o que poderemos nós fazer no sentido de levar a sociedade, de uma forma harmoniosa em que perdure uma correlação entre os seus intervenientes, a sair triunfante. No âmbito da concretização da vitória da sociedade sobre a psicopatia, é essencial que tenhamos consciência de quais as causas da psicopatia, como se comporta um psicopata, quais os tratamentos que lhes poderão ser administrados, etc., com o intuito de apaziguar a vida em sociedade e controlar os impulsos perversos que podem, por vezes, ter consequências negativas no nosso meio.
2.1. Origem do conceito
A existência de pessoas que, embora não apresentando sintomas de doença mental típica ou de deficiência intelectual, se comportam socialmente de forma anormal, é um fato que tem chamado a atenção dos autores desde os primórdios da psiquiatria. Caracterizam-se tais casos por um comportamento anti-social que constitui a expressão primária do seu distúrbio (Rappeport,1974), na medida em que a atuação contra o meio externo é a forma escolhida para lidar com os conflitos internos. Carecendo de lealdade, de culpa, de consciência, de consistência, distinguem-se das outras pessoas, que ao executarem até mesmo atos anti-sociais, o fazem numa continuidade motivacional mais compreensível para os outros e para