Psicologia Juridica

3812 palavras 16 páginas
PSICOLOGIA JURÍDICA: UMA DISCIPLINA AINDA POR FAZER

Jorge Trindade

RESUMO

O presente artigo propõe-se a mostrar que a psicologia jurídica, mesmo gozando de maior popularidade nos últimos anos, continua a ser uma disciplina ainda por fazer. De nascimento experimental, a psicologia, inclusive a jurídica, tem resistido ao discurso jurídico, enquanto o direito, preso a uma hegemonia epistemológica, tem dificuldades em aceitá-la, fazendo apenas concessão para uma disciplina auxiliar. Assim, a psicologia jurídica restringiu-se à psicologia para o direito, permanecendo longe de qualquer interferência no processo dos fundamentos do direito, ou seja, da psicologia do direito, bem como afastada das questões psicológicas que intrinsecamente compõem o mundo normativo, ou seja, da psicologia no direito.
Palavras-chave: psicologia jurídica, psicologia do direito, psicologia no direito e psicologia para o direito.

ABSTRACT

This article proposes to show that legal psychology, even enjoying a greater popularity in the last years, is still a subject that to be constructed. Born as an experimental science, psychology, including legal psychology, has resisted to legal speech due to the fact that the law, tied to an epistemologic hegemony, has been having difficulties to accept it, considering it as a secondary subject. As a result, legal psychology has been restricted to a psychology “to” the law, remaining distant of any interference in the fundamental reasons of law; i. e., from the psychology “of” the law, as well as of the psychological questions that internally compose the normative world, a psychology “in” the law.

Key words: legal psychology, psychology “of” the law, psychology “in” the law and psychology “to” the law.

DO DIREITO À PSICOLOGIA E DA PSICOLOGIA AO DIREITO

Escrevemos alhures (Trindade, 2000), na esteira de Muñoz Sabaté (1980), que a psicologia jurídica é uma disciplina ainda por construir.

De um lado, porque a impermeabilidade dos juristas,

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