Psicologia do desenvolvimento- filme juno

No decorrer do filme é possível notar comportamentos de Juno nos quais Piaget descreve como operações formais cujas características são de imaginar possibilidades, testar hipóteses e formar teorias, o que também é chamado de raciocínio hipotético-dedutivo, nesse processo examina-se as possibilidades e descobrem-se as verdadeiras. No caso de Juno, esse comportamento é notável quando ela estabelece uma relação explicando o motivo que faz o jogador popular da escola implicar com ela, sua justificativa é que todo garoto popular gosta de garotas estranhas.
A preocupação com o que fazer ao descobrir que está grávida faz-nos refletir sobre a questão de senso de autonomia que os adolescentes possuem, mas que não sabem impor limites em si mesmos e abusam da liberdade que lhe é dada, pois sempre pensam “Isso nunca vai acontecer comigo”, contudo, quando acontece sempre há uma solução eminente para eles. A solução inicial de Juno era o aborto que foi logo descartado após a influência de uma amiga (ambiente) e refletir sobre o assunto enquanto preenchia a ficha, ou seja, podemos dizer que ela passou para o raciocínio formal. Quando a solução falhou, um insight ocorreu com sua amiga Leah, que lhe aconselhou a doar a criança.
Decidida a seguir em frente com seu plano, ela precisa assumir para todos que está grávida e para isso conta com o apoio de sua fiel amiga novamente, pois somente assim seria capaz de enfrentar seu pai e sua madrasta. É comum o adolescente pensar em si pertencente a um grupo e não como ser individual. Como se houvesse um lema dizendo “Sozinho nada somos, juntos podemos tudo”. Finalmente ela acha o casal ideal e junto a seu pai vai conhecê-los, contudo sua maneira de falar e agir, usando de ironias e metáforas, acaba por assustá-los. A preocupação deles deve-se a uma desilusão ocorrida anteriormente por não terem conseguido adotar uma criança, então, principalmente Vanessa, vai direto ao ponto, utiliza uma linguagem concreta, o que dificulta a comunicação