Psicologia da Música
Mas a música representa ainda muito mais que isso.
Psicologia da música
Placa do século XIII, de
Takht-i-Sulayman,
Irã.
ESTUDOS SÉRIOS demonstram que as pessoas na Idade Média eram menos depressivas porque as numerosas festas e quermesses as mantinham unidas e bem orientadas no seio da comunidade. Em funerais, as famílias davam seu
adeus aos desaparecidos ao som de músicas graves e solenes, numa atmosfera que incitava, querendo-se ou não, ao exame de consciência e à reflexão. Em tempos de guerra, tanto nas tribos primitivas quanto entre os po33
vos mais civilizados, o rufar dos tambores fazia calar o medo dos soldados e os insensibilizava. A música militar dava-lhes a impressão de invulnerabilidade e eles marchavam decididamente e seguros de si ao encontro do inimigo. Sabe-se que na
Segunda Guerra Mundial os regimentos escoceses obtiveram grande sucesso pelo fato de que em meio ao horror dos campos de batalha os tocadores de gaita de foles não paravam de tocar suas canções, fatigando os combatentes até a medula dos ossos. Isso tinha um duplo efeito: os inimigos fugiam a toda pressa enquanto os escoceses eram cada vez mais estimulados.
A indústria cinematográfica faz uso intenso da música, utilizando toda a gama de
efeitos sonoros de vanguarda, influindo sobre a vida sentimental do público. Quando a sombra de uma mão toca a fechadura de uma porta tendo por trás dela uma pessoa que nada suspeita, é principalmente a música que mexe com os nervos dos espectadores e faz parar sua respiração quando o invasor abre a porta com um único golpe brusco. Nas cenas de perseguição, o ritmo cada vez mais rápido da música acelera os batimentos cardíacos do público. No desfecho, uma