Psicanálise - Resenha do filme Augustine

Resenha sobre o filme Augustine
O filme Augustine, de Alice Winocour, produzido em 2012, nos permite analisar o conceito de histeria, à luz da teoria psicanalítica. A produção conta a história de uma jovem paciente, Augustine, (Stéphanie Sokolinski) que sofre de histeria, e sua relação com seu médico, Jean-Martin Charcot, (Vincent Lindon).
O filme nos transporta à cidade de Paris, na França do século XIX, onde vive Augustine, uma jovem de 19 anos, que ainda não teve a primeira menarca e que trabalha como copeira em uma residência. Ela sofria de ataques parecidos aos epilépticos, que, aparentemente, não tinham explicação alguma. Certa vez, quando estava servindo a mesa, ocorreu-lhe um destes ataques, que a levava ao chão e fazia-lhe debater braços e pernas, gritar, e desta vez, resultou na paralisia de um de seus olhos. Após o ocorrido, foi levada por sua prima ao hospital Salpêtrière, onde conheceu Charcot.
Charcot era um médico neurologista, fundador da primeira clínica neurológica da Europa, a Salpêtrière. Ficou conhecido por seus estudos sobre a histeria, especialmente pela apresentação de pacientes histéricas sob hipnose à academia. Tinha como objetivo provar que a histeria, era na verdade, uma doença psíquica, uma vez que até então não era percebida como tal, mas sim como um fingimento criado por mulheres, que eram a maioria a protagonizar estes casos, para chamar atenção, já que não apresentavam sintomas orgânicos no corpo. Noutros casos, acreditava-se que estes ataques eram alguma forma de bruxaria ou possessão demoníaca. Com seus estudos e apresentações, tentava dar consistência clínica à doença, ao destacar sua regularidade e fases.
Charcot inicia um tratamento com Augustine, que foi diagnosticada com histeria. Esse tratamento é feito através da hipnose, quando hipnotizada, dava início as suas crises histéricas que eram sempre acompanhadas de paralisia em algum membro, a falta de sensibilidade em um lado do corpo também era um sintoma apresentado por