psicanalise

9258 palavras 38 páginas
Michel de Certeau (1925-1986) é, com toda a certeza, uma das figuras mais singulares – portanto, mais importantes – da Escola Francesa na área da história. Sem ter esperado o salvo-conduto de quem quer que seja nem ter solicitado a aprovação dos guardiões das diferentes disciplinas, ele atravessou as fronteiras entre os campos do saber ao se alinhar contra o empobrecimento da história por confinamento e ao assegurar sua indispensável abertura a outras áreas do conhecimento – aliás, o que se converteu, atualmente, em prática corrente. Trouxe um olhar incisivo sobre o intercâmbio dos métodos, objetivos e modelos que determinam as maneiras de escrever a história.

Dessa inda gação incessantemente retomada, desse vaivém entre passado e presente, os textos reunidos neste volume entrelaçam os fios: tratam de Foucault, Freud e Lacan, mas também da análise do poder, do corpo, da loucura e da ficção na história. Em vez de uma tentativa de misturar – entre história, psicanálise, linguística ou antropologia – os gêneros e os métodos, ou até mesmo de embaralhar as identidades dos saberes, Michel de Certeau empreende o deslocamento necessário de um conhecimento para outro, a fim de acompanhar uma questão que, tendo surgido em determinado domínio, não recebeu tratamento satisfatório. Este livro traz a marca de uma exigência – rara – de pensamento.
Neste artigo, pretende-se analisar os diversos usos do termo e do conceito de paradigma para o estudo da psicanálise. Após esclarecer qual é o sentido e as características desse conceito, tal como propôs Thomas S. Kuhn, analisa-se como diversos autores, psicanalistas e filósofos, utilizaram com mais ou menos rigor o termo kuhniano. Considera-se que as noções de paradigma, léxico, incomensurabilidade, crise e revolução podem servir para a comunicação e o diálogo entre as diversas perspectivas teóricas da psicanálise, num momento em que diversos autores estão de acordo em reconhecer que há uma crise de comunicabilidade e de

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