Prova de história medieval

Camila Neves Figueiredo. Belo Horizonte, 16 de abril de 2013.
Questão 1 – a) O posicionamento dos três autores com relação à ruptura/continuidade/crise no mundo romano são parecidos. Ambos concordam que não houve uma ruptura na sociedade Romana. Cândido, por exemplo, coloca a Alta Idade Média simplesmente como uma sala de espera da Baixa Idade Média. A partir disso, podemos pressupor que para ele a Alta Idade Média nada mais é do que uma parte da história desprovida de muita importância, uma parte de continuidade, transição e adaptação da cultura e da sociedade romana para o que viria a ser a Baixa Idade Média, essa sim importante e por isso sempre tratada com mais cuidado por grande parte dos historiadores. Por esse motivo, ele fala da Alta Idade Média como ‘Antiguidade Tardia’, já que: “A grande contribuição da noção de Antiguidade Tardia é ter situado a instalação dos bárbaros no Ocidente menos em termos de fim do mundo romano do que de um rearranjo de forças que conduziu à constituição de um mundo ainda marcado pela influência da românia, mas profundamente original.”
Para Peter Brown, nós temos uma tendência involuntária de julgar uma sociedade com base nos padrões da cultura clássica greco-romana. Dessa maneira, tudo aquilo que se distancia dessa cultura clássica é tido por nós como decadência. Isso explica o fato de muitos historiadores liderarem com essa fase como uma crise/queda do mundo romano. E, isso é explicado também por Patrick Geary, já que ele lida com essa fase como uma fase de miscigenação, continuidade, adaptação. Considerando que o certo seria deixar tudo como estava, segundo o padrão greco-romano, as mudanças que aconteceriam com a chegada dos bárbaros no mundo romano não seriam boas mudanças e dessa forma seriam vistas como decadência, o que – para os três autores – não é bem verdade.
b) Havia no Império Ocidental um desinteresse, por parte da aristocracia senatorial com relação à ocupação de cargos importantes. Esses senadores estudavam