Propriedade na concepçao de Locke

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A PROPRIEDADE NO PENSAMENTO DE JOHN LOCKE Jhon Locke é considerado o precursor do liberalismo político e suas teorias são tidas como grandes aliadas da classe burguesa do século XVII. De fato, embora o poder dessa classe fosse crescente e incontestável, ainda existiam limitações no que dizia respeito à forma de governo e aos privilégios concedidos à nobreza. Nesse contexto, a teoria de Locke ganhou força ao defender alguns ideais burgueses, sendo o principal deles a propriedade. Locke parte da definição de direito natural como direito à vida, à liberdade e aos bens considerados necessários para a manutenção de ambas. Além disso, vê como propriedade tudo que diz respeito ao corpo do indivíduo e às coisas necessárias para manter sua existência. Dessa forma, a propriedade vai além da questão espacial e passa a ser também considerada um direito natural, legitimado através do trabalho. Consoante a essas idéias de direito natural e à importância da propriedade em sua teoria, fica claro que o estado civil de Locke surge a partir de um tratado de consentimento cuja finalidade é preservar e garantir o direito à propriedade. Segundo o filósofo, Deus deu o mundo aos homens de forma igualitária, porém deu-lhes também a razão, para que os indivíduos se servissem dela para seu maior benefício. Originalmente ninguém poderia exercer o domínio privado de uma parte qualquer, porém a razão levava-o a garantir algo que fosse seu individualmente. Dessa maneira, Locke atribuiu ao trabalho a condição para que o homem pudesse se apropriar de algo que antes pertencia aos homens em comum, ou seja, sempre que o homem retirar algo do estado de natureza e neste acrescentar seu trabalho, este objeto torna-se sua propriedade. O autor corrobora essa afirmação ao dizer que:
[...] Ainda que a terra e todas as criaturas inferiores pertençam em comum a todos os homens, cada um guarda a propriedade de sua própria pessoa; sobre esta ninguém tem qualquer direito, exceto ela. Podemos

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