Projeto Urbano

Existem diversas teorias e propostas metodológicas para o Desenho Urbano e nenhuma delas é totalmente completa, mas todas complementam umas às outras. Mesmo não tendo um conceito definido, as teorias são necessárias para a análise e desenho do urbano.
Conceitos diversos levam à diferentes focos para análise da cidade e assim à diferentes compreensões e posturas quanto aos caminhos das propostas de intervenção.
Diferente do que muitos afirmam, o Desenho Urbano não tendo um corpo teórico específico se enriquece com as diferenças de análise e com as complementações, o que possibilita um melhor entendimento da complexidade urbana, assim nunca teremos uma única teoria que seja totalmente correta e nos possibilite essa compreensão. Por isso necessitamos do conhecimento de diversas teorias, fazendo uso de cada uma delas de acordo com o problema.
Existem teorias conceituais famosas, que podem ser consideradas “manuais”, como as de Kevin Lynch extremamente conceituais e outras sem tanta importância conceitual.
Alguns desses trabalhos trazem preocupações vindas da arquitetura, outros buscam entendimentos mais abrangentes sobre o urbano, buscando se embasar em diversas disciplinas.
O autor tenta adotar para o Desenho Urbano um enfoque metodológico que não se concentre em nenhuma teoria específica, mas que saiba buscar em várias delas a complementaridade necessária para a compreensão dos fenômenos urbanos. O que permeia as teorias adotadas é a análise sob a ótica do usuário.
Seguindo o conceito de CANTER (1977), o “sentido do lugar” é gerado a partir da sobreposição de três níveis de nossa consciência: atividades ou usos, atributos físicos e as concepções e imagens. Para o ser humano, o espaço só começa a fazer sentido a partir destas três esferas de consciência.
Nesse trabalho, o autor propôs a divisão da classificação da esfera “concepções e Imagens” em duas: “Análise Visual” e “Percepção do Meio Ambiente”. As outras seriam compreendidas através do “Comportamento