Projeto de Ação - Serviço Social
Dentre os diversos indicadores sociais, os educacionais chamam especialmente nossa atenção, pela educação ser considerada um dos elementos pressupostos do desenvolvimento econômico de uma nação. Entre suas potencialidades é possível sistematizar uma análise das condições de vida, saúde e empregabilidade, utilizando indicadores educacionais da condição econômico-social da população. Porém, ao acionar indicadores educacionais, um olhar mais profundo nos permite observar a extensão das diferenças sociais existentes no Brasil, assim como as questões de classe em associação as questões de gênero e cor e raça. Esta análise nos permite observar que o impacto das desigualdades é mais forte em grupos específicos, pois em conformidade com características físicas e cor da pele os indivíduos são vulneráveis a tratamento diferenciado. Vamos observar a incidência do analfabetismo da população brasileira a partir dos dados trabalhados no segundo Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010. Quando analisamos a evolução temporal das diferenças entre as taxas de analfabetismo dos grupos que se declararam brancos, pretos e pardos percebemos movimento dos indicadores, ainda mais diferenciados; tendo os pretos e pardos com indicadores educacionais desfavoráveis em relação ao contingente branco. Nos anos de 1988 e 2008, no contingente branco, a taxa de analfabetismo acima de 15 anos de idade passou de 12,1% para 6,2%. Neste mesmo intervalo de tempo o percentual de pretos e pardos analfabetos declinou de 28,6% para 13,6%. Podemos observar que as taxas de analfabetismo de ambos os grupos de cor ou raça apresentou redução expressiva neste intervalo de tempo, declinando em ritmo mais acelerado entre os pretos e pardos em comparação aos brancos. Todavia, cabe salientar que a taxa de analfabetismo dos pretos