Progressão Continuada

A Educação Brasileira é cercada por mecanismos que permitem a prática de uma avaliação escolar que classifica,categoriza,seleciona e abandona os alunos que não se encaixam em um padrão flexível do que é caracterizado como o aluno ideal.
Os critérios utilizados para a classificação desses alunos estão normalizados e naturalizados que se transforma quase em um dogma educacional. Esse regime naturalizado que privilegia apenas o idealizado e desconsidera o fato de que toda a avaliação é sempre injusta, autoritária e excludente é uma arma de troca capaz de domesticar e intimidar alguns alunos que teme o veredito final do professor que tem em mãos o poder de decisão sobre a vida do outro. O aluno que não se submete é então considerado indisciplinado.
Nesse contexto enraizado em nossa cultura, surge a Deliberação CEE nº 9/1997 que institui no sistema de ensino do Estado de São Paulo, o regime de progressão continuada no Ensino Fundamental, uma proposta democrática e um instrumento restaurador das imensas injustiças cometidas até um passado recente.
A ideia da Progressão Continuada vem desde o início do século XX.A escola é um local na qual o erro pode ser entendido como forma de criação do novo,em que a avaliação esteja a serviço pleno da aprendizagem e não utilizada para classificar ,selecionar,categorizar,disciplinar ou reprovar o aluno.É preciso descobrir e incentivar os talentos individuais ,não é possível obrigar o coelho a voar ou a andorinha a correr.
A escola é um espaço e um tempo do ser feliz e não de reforçar a infelicidade, deverá estar calcada no sucesso e não o fracasso do humano que tantos já ocasionaram.O objetivo primeiro da educação é o desenvolvimento de possibilidades,potencialidades,competências,habilidades e atitudes ,não do fracasso e das fragilidades.
É fundamental resgatar o papel ,a percepção e a vontade dos professores em voltarem a ser autores de suas práticas responsabilizando-se por elas e comprometendo-se efetivamente com a