professora
Sócrates começa sua defesa dizendo que, ao contrário dos sofistas, não cobra pelo seu ensinamento. Além disso, nada ensina, já que afirma que “sabe que nada sabe”. O que faz é dialogar na rua com todos os que o procuram; ricos ou pobres, instruídos ou tolos, porém certos de que possuem um conhecimento definitivo.
Os acusadores do filósofo insistem em acusá-lo de ateísmo, mas Sócrates afirma acreditar nos deuses “se bem que não sejam os deuses do povo”. Em sua defesa afirma que mesmo sob perigo de vida, não deixaria de filosofar. Confirma a importância do conhecimento ao responder aos seus acusadores: “Meu caro, tu, ateniense, da cidade mais importante e mais renomada por sua cultura e poderio, não te envergonhas de tentares adquirir o máximo de riqueza, fama e honrarias, e de não te importares nem cogitares da razão da verdade e de melhorar quanto mais tua alma” (Platão, 1999, pág.56).
Ainda em sua defesa, Sócrates afirma nunca ter sido mestre de ninguém, apesar de não ter se oposto a que o ouvissem. Desta forma, tornou-se mestre do questionamento. Não estabeleceu doutrinas ou criou sistemas, apenas ensinou a perguntar, algo muito semelhante ao moderno método científico.
O início do livro VII da República de Platão descreve o universalmente famoso e citado mito da caverna. A alegoria é, provavelmente, a mais citada em toda a história da filosofia. O personagem principal de todo o livro da República é o mestre de Platão, Sócrates, que é transformado em arauto das idéias de Platão.
O mito da caverna discute basicamente a percepção e os pensamentos que têm pessoas