Produção e consumo

Macrometrópole: evolução ou involução

Na ânsia de conquistar uma melhor qualidade de vida, pessoas comuns encontram “soluções” para problemas seculares de forma equivocada, sem respaldo do poder público em relação a um planejamento estratégico, elas se aglomeram. Tentam morar bem, com gastos menores, visando proximidade do trabalho e a consequente fuga do trânsito caótico. Os números que retratam essa realidade são estratosféricos como economia de R$ 475 bilhões , 300 mil carros circulando, 22/28 milhões de habitantes fazendo de São Paulo/ Campinas a primeira macrometrópole do Hemisfério Sul.

A completa ausência do Estado brasileiro promove através de sua omissão um grande fluxo migratório da classe operária, nordestinos e desempregados da grande São Paulo que migram para cidades do interior, onde o número de empregos parece maior. Gerando assim a formação de condomínios fechados, onde falta tudo, desde saneamento básico, asfalto, transporte, energia, coleta de lixo, escolas, hospitais, segurança, etc. Tais cidades sofrem com a falta de soluções viáveis para os problemas urbanos. Essa explosão populacional causa diretamente uma urbanização irregular gerando uma nova/atual preocupação como a distribuição de água para tantos habitantes.

Os governos estaduais não conseguem adesão dos prefeitos para buscar benefícios para a região. Os municípios estão ligados mas ilhados pois, não possuem modos de vida integrados que gerem sustentabilidade. Então esta megarregião traz consigo o velho conceito de “Bolsão de miséria” numa das zonas mais ricas do país. Assim, estas cidades estão fadadas ao fracasso podendo transformarem-se em verdadeiras “necrópoles”, ou seja, cidade morta, como diria o escocês Patrick Geddes, pois ninguém viverá numa cidade de vida tão cara, para citar apenas um motivo.