produção mais limpa CETESB

A produção de celulose é um processo que requer grandes quantidades de água e gera, também, grande vazão de efluentes. Além dos volumes consideráveis de água e de efluentes, algumas características químicas dos efluentes gerados na fabricação de celulose, notadamente cor e compostos orgânicos clorados (AOX), são potenciais causadores de danos ambientais.
Em decorrência da tecnologia de cozimento convencional utilizada na Unidade Jacareí em 1997, do processo de branqueamento com uso de cloro elementar, da ausência da deslignificação com oxigênio e da falta de otimização do uso da água e de filtrados no processo produtivo, a Unidade de Jacareí apresentava os seguintes indicadores:
vazão de água consumida igual a 68,3 m3/ t
vazão de efluentes gerados igual a 61,2 m3/ t
emissão de DQO igual a 19,8 kg
emissão de compostos orgânicos clorados igual a 0,45 kg Cl /ADT
cor do efluente igual a 71 kg Pt-Co /ADT.
Onde: .ADT. = .Air Dry Ton. -Tonelada seca ao ar (corresponde à unidade de medida de celulose); e .t. corresponde à tonelada de produto vendável(inclui celulose e papel).
A decisão da empresa de implantar os projetos de otimização ambiental com foco em tecnologias mais limpas, foi motivada principalmente:
pela visão estratégica da VCP de alinhar-se com as tendências do mercado consumidor de celulose, principalmente, o mercado europeu;
pela perspectiva de ganhos ambientais associados ao uso de tecnologias classificadas como BAT- Best
Available Techiques (Melhores Tecnologias Disponíveis) que permitem reduzir o consumo de produtos químicos no branqueamento e aumentar a recuperação desses produtos e de energia, no circuito de recuperação do licor e;
pela perspectiva de taxação de recursos hídricos, uma vez que a empresa realiza a captação de grande quantidade de água do rio Paraíba do Sul, Classe 2, da bacia do rio Paraíba.
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