Processos oxidativos avançados
O que é?
Os processos oxidativos avançados (POA) se caracterizam por transformar a grande maioria dos contaminantes orgânicos em dióxido de carbono, água e anions inorgânicos, através de reações de degradação que envolve espécies transitórias oxidantes, principalmente hidroxila.
Segundo Claudia e Wilson, POA é uma alternativa de tratamento viável quando a matriz contaminada apresenta baixas concentrações de material orgânico e os contaminantes não são biodegradáveis. São indicados quando o tratamento convencional não seja possível ou adequado. As principais aplicações dos POA são no tratamento de água e efluentes, remediação de solos e águas subterrâneas, desinfecção e remoção de odores.
Os POAs apresentam inúmeras vantagens, entre elas pode-se citar:
Mineralizam o poluente e não somente transferem-no de fase;
Transformam produtos refratários em compostos biodegradáveis;
Podem ser usados com outros processos;
Tem forte poder oxidante, com cinética de reação elevada;
Geralmente melhoram a qualidade organoléptica da água tratada;
Como são aplicados?
Nos sistemas homogêneos, onde não existe a presença de catalisadores na forma sólida, a degradação do poluente orgânico pode ocorrer de duas formas:
Fotólise direta com ultravioleta (UV), onde a luz é capaz de promover a degradação do poluente. Para maior eficiência do processo, a fotólise atua em conjunto com H2O2, O3 e H2O2/O3.
Geração de radical hidroxila que tem alto poder oxidante, vida curta e é o responsável pela oxidação dos componentes orgânicos. Podem ser gerados pela presença de H2O2 e O3 em conjunto ou não com UV ou por oxidação eletroquímica, radiólise, feixe de elétrons, ultra-som e plasma.
Nos sistemas heterogêneos, onde a degradação de compostos orgânicos presentes na água, ocorre por catalisadores semicondutores que atuam como fotocalisadores. O catalisador mais usado nestas operações é o dióxido de titânio, porém outros também podem ser citados, como