Processo de significação na linguagem visual
Para a semiologia todos os fenômenos culturais são sistemas de signos porque a cultura é essencialmente comunicação. É ela quem define o signo como uma coisa representando outra. Isso quer dizer que o significado de um penaw samento ou signo é outro pensamento, ou seja, outro signo. Na prática, qualquer entidade, real ou não, que existe no mundo é considerada referente, porque é sobre ela que nós nos referimos. Segundo alguns autores como Joel Isaacson (A Significação, pág. 210, Editora Cultrix, São Paulo), essa referencia também é uma construção intelectual como tudo que nos rodeia. "(...) a referencia não é o referente, mas uma iconografia eleita para a representação (...)". A forma física utilizada para comunicar o referente se chama significante e pode ser uma foto, um desenho, a escrita, a mímica, a música, a fala, etc., que o indivíduo vai suprir de significado. No caso da fotografia, o significante é a cena. O significado é a informação que o significante, a cena da foto, transmite ao receptor/leitor. E ele é tão complexo que foi dividido em significado denotativo e conotativo. O primeiro é o sentido próprio que a foto, quer comunicar; cuida das características reais, identifica-se com a extencionalidade, define cada objeto, situação, O segundo é uma idéia emotiva que se forma em torno do significado denotado. Ele é o sentido figurado, o significado do significado, a intencionalidade. Então, resumidamente, podemos fazer três afirmativas antes de prosseguirmos. A primeira é que a significação é tanto a produção do sentido quanto o sentido produzido, é o ato de significar, é a reunião do significante com o significado. E que o autor da fotografia e o leitor da imagem trabalham o tempo todo com ela. A Segunda é que a semiose é a operação que instaura uma reciprocidade entre o significante e o significado. E que isso só funciona por causa do acordo prévio entre as