Processo de desconcentração mundial

Para melhor entendemos os motivos que levaram ao processo de desconcentração industrial no Brasil, imaginemos a seguinte situação: uma cidade, por nome de Butiquim, está crescendo muito em infra-estrutura e atraindo muitos moradores. Empresários, atraídos por essa quantidade, tem a brilhante idéia de construir fábricas naquele ou próximas da cidade. A Cidade tem X habitantes e as fábricas criadas formam um total de X/2, o que aconteceria?
Certamente, não haverá quantidade suficiente de pessoas e várias fábricas ficariam "vazias". E O que você faria com uma fábrica "vazia"? Obviamente a fecharia e tentaria a sorte em outro lugar, e isso é exatamente o que aconteceu e acontece no Brasil desses tempos para cá. O processo de desconcentração industrial no Brasil, tanto quanto em qualquer lugar do mundo, é estritamente relacionado a dois principais fatores classificatórios, os que permitem esse processo e os outros que o incentivam. Temos por exemplo, para a primeira classificação, o desenvolvimento das tecnologias da comunicação através da telefonia fixa, via rádio e telegramas até os dias de hoje com o uso de telefonia móvel, smartsphones e internet, o que promove segurança e extrema facilidade entre indústrias matriz e as filiais, ou seja, um total “encurtamento de distâncias” que antigamente eram vistas com um sério problema para o empreendimento e para o fluxo e capital. Para a segunda classificação temos por exemplo a submissão do espaço pelo capital, que pode ser entendida como a migração de um centro antigo, já industrializado e forte economicamente, para locais mais periféricos, de uma economia não muito desenvolvida e de pouca experiência industrial, mas que apresentam alguma potencialidade dentro da lógica produtiva e escravizando seu valor por meio do domínio econômico. É importante lembrar que o Brasil também estava em processo de modernização de sua indústria, processo esse que é caracterizado por uma crescente automação e por empreendedores que