PROCEDIMENTOS DE LABORATÓRIO DE COLORAÇÃO DE GRAM

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COLORAÇÃO DE GRAM

1) Introdução
Corantes são substâncias que possuem a propriedade de transmitir sua cor a outros corpos. As colorações em microbiologia são de vital importância, pois funcionam como opção de identificação presuntiva dos diversos agentes patogênicos. Preparações coradas são comumente usadas no exame microscópio de bactérias e de fungos em microbiologia, em que esfregaços de material são submetidos à ação de um ou mais corantes após a fixação.
A maioria das bactérias é corada pelo método de Gram, que permite observar sua morfologia e fornece informações a respeito do comportamento do material celular diante de corantes básicos (corantes de Gram).
Essa técnica separa as bactérias em dois grupos: Gram-positivas e Gram-negativas.
A coloração é chamada de Gram devido ao Dr. Christian Gram, que descreveu pela primeira vez esse processo de coloração em 1884, ao fazer uma referência à composição da parede celular. As bactérias Grampositivas possuem uma espessa camada de peptidioglicano e de ácido teicóico; enquanto as Gram-negativas possuem uma fina camada de peptidioglicano sobre a qual se encontra uma camada de lipoproteínas, de fosfolipídios, de proteínas e de lipopolissacarídeos.
A coloração de Gram envolve a aplicação de quatro reagentes: cristal violeta (CV) e lugol (iodo metálico e iodeto de potássio) (I), que funcionam como um complexo insolúvel (CV-I); álcool-acetona, que funciona como solvente de lipídios e desidratante de proteínas; e fucsina ou safranina.
O tratamento com álcool-acetona extrai os lipídios, resultando no aumento da permeabilidade da parede celular das bactérias Gram-negativas. Assim, o complexo cristal violeta-iodo (CV-I) pode ser retirado, e as bactérias Gram-negativas são descoradas. A parede celular das bactérias Gram-positivas, em virtude de sua composição tornar-se desidratada durante o tratamento com álcool. Além disso, a permeabilidade é reduzida, e o complexo CV-I não pode ser

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