Principais linhas e expoentes da teoria da literatura
A expansão da Teoria da Literatura, enquanto ciência encarregada de definir o que pertence á arte literária e avaliar seus produtos, deu-se sobretudo no século XX, quando se difundiu o Ensino superior. Instituição elitizada até o começo do século XIX, a universidade passou por considerável reforma a partir do projeto de Wilhelm Humboldt, na Alemanha, adotando como preocupação principal a formação do ser humano.
A Teoria da Literatura consolidou-se enquanto ciência, proporcionando-os fundamentos para o estudo da obra literária. Mas não foi entendida da mesma maneira por seus usuários, motivo porque se originaram, já na primeira metade do século XX, diferentes linhas.
Uma tendência optou por um foco formalista, valorizando a construção da obra literária e descrevendo as características de cada gênero.
Na contramão dos Formalismos situa-se a Sociologia da Literatura, nascida no século XIX, sob a influência das teses deterministas de Hippolyte Taine, segundo o qual o indivíduo era o resultado da confluência de três fatores determinantes – o meio, a raça, e o momento histórico.
Até meados dos anos de 1960, os estudos literários dividiam-se entre essas duas grandes tendências, ao lado da qual se instalavam investigações que se valiam de conclusões importadas da Psicanálise, da antropologia ou da Linguística.
A partir da década de 1960, novas preocupações teóricas se evidenciaram, como resultado de, pelo menos, duas frentes de trabalho intelectual.
A primeira delas, adotou perspectiva formalista, resultante, de um lado, da tradução de textos básicos dos formalistas russos e dos estruturalistas tchecos, até então pouco conhecidos naqueles países; de outro, da aproximação com a Linguística.
A segunda frente de trabalho intelectual se associa à recuperação de um autor que ficara esquecido entre os anos 1940 e 1960 – Walter Benjamin.Suas preocupações aproximam-no da História e da Sociologia, razão porque seus