Primeira Republica

A proclamação da República ocorreu devido a dois grupos diferentes: a existência dos partidos regionais, comandados por elites que pregavam a descentralização; e os militares, que pregavam a centralização e o autoritarismo, prezando a unidade nacional. Luta esta que foi ganha pelas elites. No primeiro momento, os militares triunfaram. Porém, formou-se a República Civil, onde foi aprovada a Constituição republicana (1891), onde instituia-se a República Federativa. Esta Constituição seguia o modelo norte-americano que dividia os poderes em três: legislativo, judiciário e executivo. Na época, manteve-se o voto sensitário (para homens alfabetizados) e também o voto aberto, abrindo brechas para as fraudes eleitorais. Geograficamente, grandes partes do Brasil eram desocupadas (como por exemplo o oeste de São Paulo, que abrigava apenas indígenas). As atividades agrícolas eram muito prezadas, e a Primeira República baseava-se na exportação desses produtos primários. Economicamente houve um impulso nas regiões centro-sul e sul devido à economia cafeeira e pequenas propriedades respectivamente. À partir de 1880, surgiu a produção de borracha, que tinha intensa atividade na região amazônica, e na época, era o segundo maior produto de exportação, porém declinou em não muito tempo. A riqueza provinda dessa produção mudou as paisagens urbanas das áreas produtoras. A crise estourou por volta de 1910, com a entrada da Malásia e da Inglaterra no mercado produtor. A disparidade social aumentou consideravelmente nas áreas produtoras e no nordeste, com a dicotomia dos exploradores e dos trabalhadores. Alguns movimentos foram organizados, como o de Canudos, pautando melhores condições; a resposta governamental foi violenta. No Rio de Janeiro, ocorreram muitas transformações urbanas, geralmente prejudicando as camadas mais pobres que moravam no centro. Em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador várias fábricas ou fabriquetas foram abertas, e outras grandes