Primeira Republica

Primeira República.

O federalismo atendia o desejo dos cafeicultores paulistas, que apoiavam a queda da monarquia. Assim, o controle da vida econômica e política de cada estado ficaram nas mãos de um punhado de latifundiários. Quem mancava na república eram as oligarquias estaduais.
O poder das Oligarquias ultrapassava a esfera estadual: elas controlavam também a política federal. A supremacia de São Paulo e Minas Gerais na vida nacional foram chamadas de política do café com leite. Na qual um presidente mineiro indicava como sucessor um candidato paulista, e vice-versa.
Figuras respeitadas e temidas no interior do país, os coronéis tinham á sua volta numerosos dependentes. Era o coronel quem conseguia empregos, nomeações, proteção contra a ação da justiça e contra inimigos. Em troca, o coronel exigia de “sua gente” fidelidade total, especialmente nas eleições, quando todos deveriam votar nos candidatos indicados por ele,
O eleitor era pressionado de diversas formas, desde o suborno com favores e presentes até a ameaça física. Como o voto era aberto, sabia-se no ato da votação qual era a escolha do eleitor. O chamado voto de cabresto (voto forçado) e o clientelismo (as relações de dependência e troca de favores entre o coronel e os eleitores) garantiam a vitória eleitoral das oligarquias e a sua manutenção no poder.
O controle de um grande “curral eleitoral” a base do poder político dos coronéis. Se o eleitorado fosse pequeno, usavam-se artifícios para aumentá-lo: obrigavam-se os eleitores a votar em duas ou mais seções, contavam-se os votos de pessoas falecidas, davam-se títulos a menores de 21 anos e a analfabetos etc.
A comissão de Verificação dos Poderes, que tinha a afunção de apurar a veracidade do resultado das eleições e podia impedir a posse de um candidato eleito, em caso de fraude ou irregularidade. Mas muitas vezes era usada para a “degola” dos candidatos eleitos da