PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS: A REALIDADE BRASILEIRA
2400 palavras
10 páginas
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESCÁREA DAS CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
César Augusto Fortti Allebrandt
PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS: A REALIDADE BRASILEIRA
XANXERE – SC
2014
INTRODUÇÃO
Os incêndios florestais têm causado vários impactos ambientais, sociais e econômicos no mundo, sendo que a sua frequência e intensidade tendem a aumentar nos próximos anos. Aliada a isso, a maior proximidade entre áreas com fluxo de pessoas e áreas com cobertura vegetal – denominadas áreas de interface urbana – rural tem chamado a atenção de governos e pesquisadores pela concentração do número de ocorrências de incêndios e por suas especificidades em termos de intensidade, época de ocorrência e área atingida.
O estado do Paraná, em função do incêndio ocorrido em 1963 uns dos maiores do mundo em área atingida e número de vítimas fatais foi o pioneiro no Brasil a se preocupar com a prevenção e o combate aos incêndios florestais. A Klabin Paraná, por ter tido 85% da sua área impactada por aquele incêndio, também foi a primeira a fazer, a partir de 1965, o registro sistemático das ocorrências e a se preocupar com o tema (TETTO, 2012).
São poucos no mundo, os registros de ocorrência de incêndios que foram feitos e mantidos de forma organizada e confiável por longos períodos. No Brasil não é diferente e apesar de tentativas do PREVFOGO (IBAMA) e do CGPRO (ICMBio) de sistematizarem essas informações, elas ainda não existem de forma ampla.
Têm-se como obstáculos para a formação de um banco de dados nacional: a definição da responsabilidade pela gerência do sistema, a forma do cadastro de pessoas/instituições para o registro de ocorrência de incêndios, a padronização de informações (vegetação), a necessidade de capacitação e de equipamentos para a determinação de parâmetros no campo (área atingida) e o estabelecimento de procedimentos para o registro de ocorrência de