Presidente do DCE Feevale

Teoria Crítica e Relações Públicas

Lucas de Lima Castioni

Muito se fala sobre o verdadeiro papel do profissional de Relações Públicas e sua atuação no cotidiano, nos bancos universitários enfatiza-se a importância deste para as organizações privadas na realização do gerenciamento de conflitos e eficiência na comunicação interna bem como externa,
Apenas nas três últimas décadas é que se vê autores ou pensadores extrapolar este assunto e dar um norte para aqueles que veem esta profissão não simplesmente a serviço de empresas capitalistas que visam lucro rápido e para isso forçam as pessoas a se sacrificarem por um salário ruim e condições não-humanizadas de trabalho, defender os interesses dos grandes exploradores já não é mais o trabalho principal do RP.
O capital segundo Marx é composto de três momentos fundamentais, o primeiro é que capital e trabalho estão unidos inicialmente, separam-se depois e tornam-se estranhos um ao outro mas sustentando-se reciprocamente e promovendo-se um ao outro como condições positivas; em segundo lugar, “a oposição de ambos”, já que se excluem reciprocamente e o operário conhece o capitalista como a negação da sua existência e vice-versa; Em terceiro e último lugar, “a oposição de cada um contra si mesmo”, já que o capital é simultaneamente ele próprio e o seu oposto contraditório, sendo trabalho, e o trabalho, por sua vez, é ele próprio e o seu oposto contraditório, sendo mercadoria. É diante deste conflito de posição que o relações públicas é austinado a desempenhar o seu papel, o capitalista compra o serviçal para realizar a confecção de certo produto (ganhando quantias enormes com a mais-valia sobre ele), e cabe ao RP tornar condições de engajamento deste na “família-empresa” como o pertencimento a figura fictícia da empresa cidadã ou amiga da natureza que estampa os informativos internos e os press release divulgados em massa nas redes sociais ou jornais e televisão, faz-se assim tornar este serviçal um multiplicador da