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O representante da Advocacia Geral da União começou informando que a Justiça recebeu 26 pedidos para interromper a licitação, mas nenhuma liminar foi concedida. Depois disso, o leilão foi rápido. As empresas interessadas tiveram três minutos para entregar as propostas. Ao fim desse tempo, só um envelope apareceu. Sem competidores, o consórcio ofereceu o percentual mínimo: o governo vai ficar com 41,65% de óleo-lucro, depois de descontados os custos de produção e os royalties.
O consórcio vencedor é liderado pela Petrobras, que ficou com 40% (10% do lance e 30% obrigatórios previstos no edital), a anglo-holandesa Shell e a francesa Total, com 20% cada uma, e as estatais chinesas, CNPC e CNOOC, com 10% de participação cada. Apesar da ausência de concorrentes no leilão, a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) se mostrou otimista com o resultado. "Foi um sucesso absoluto onde Libra terá como resultado para o governo brasileiro um montante da ordem de R$ 1 trilhão, ao longo de 30 anos de produção. Ninguém pode estar triste com isso”, afirma Magda Chambriard, diretora-geral da ANP.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, comemorou o valor do bônus de assinatura, uma espécie de taxa que a empresa vencedora é obrigada a pagar para ter o direito de explorar a área. “Nunca houve no mundo um bônus de assinatura tão alto como esse que nós estabelecemos agora. Durante os próximos quatro, cinco anos, esse consórcio vai realizar pesados investimentos na exploração do petróleo. Portanto, há um êxito total”, aponta Lobão.
Especialistas em petróleo acham que foi uma surpresa a participação tão grande da Petrobras no consórcio. “Significa só gastar mais dinheiro à