Preconceito social
O preconceito social é uma forma de preconceito generalizado aos indivíduos de toda uma classe social, aos quais são atribuídos traços de personalidade ou moral largamente homogêneos. Os atributos podem ser bons ou ruins, ou uma combinação de ambos. Exemplos são: considerar-se aos mais pobres como tipicamente preguiçosos e pouco trabalhadores, ou como mais virtuosos em função de suportarem suas condições mais desfavoráveis; aos mais ricos como conspiradores inescrupulosos em preservar um status quo que os favorece, ou como prodígios nas áreas de atuação em que conquistaram suas riquezas. Pessoas em nível sócioeconômico intermediário podem ser alvo de preconceitos similares aos dirigidos aos mais pobres ou aos mais ricos, mas também podem ser vistos como tendo características particulares (como sendo subservientes aos mais ricos, ou trabalhadores mais esforçados e dignos que os pobres e que os ricos). O preconceito se dá mais comumente quanto a um grupo do qual ele não se vê como pertencente, mas as pessoas podem também ter preconceito social quanto ao próprio grupo. É assustador ver as proporções que o preconceito vem alcançando sem que as pessoas se dêem conta, pois está mascarado em nosso cotidiano. O pior dos preconceitos, porém, apresenta-se cruelmente e sem artifícios: a discriminação social, regida e controlada pelo dinheiro. É justamente essa forma de conceito formado por antecipação que faz a desigualdade social aumentar absurdamente. No mundo competitivo em que vivemos, vencerá o mais apto, o mais bem preparado. Podemos dizer, então, que alcançará os melhores resultados quem possuir um bom capital financeiro para INVESTIR em si próprio. E o restante? Há muitas pessoas competentes que, por falta de recursos e oportunidades, acabam ficando para trás, sendo anuladas. Surgem, dessa maneira, dois pólos distintos: o pólo intelectual, visto pelos membros da sociedade como os batalhadores, os estudiosos e os