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Saber sobre o que está distante
A sociologia tinha um desafio, entender o que acontecia no tempo e espaço presente, ou melhor dizendo, nas sociedades modernas. Com o tempo, a Antropologia surgiu, era uma aposta distinta, o objetivo dela era estudar todas as formas de cultura humana.
Os antropólogos procuravam o distante, os mais diferentes e tipos de cultura.
Este campo de conhecimento nos trouxe algumas certezas, havia muito julgamento sobre as culturas existentes, como por exemplo chamar uma cultura de 'primitiva', outro de 'selvagem', e assim vai... isso servia para criar uma escala hierárquica, para diferenciar os ''bons'' dos ''ruins''. Quem gostaria de ser diminuído diante dos outros? Será que ser completamente diferente é ser pior?
A Antropologia se dedicou exatamente para isso, para ouvir os distantes, procurar saber suas crenças, seu jeito de ser, seu dia-a-dia, ouvir tudo deles e sobre eles.

Antropologia e alteridade
A Antropologia, desde quando começou a existir, possuía a ideia de alteridade. É aceitar o outro em sua diferença, sem menosprezar ou fazer qualquer julgamento de valor. Os antropólogos tiveram contato com os distantes, os diferentes e assim criaram um conceito chamado etnocentrismo. Roque de Barros Laraia, um antropólogo brasileiro, diante de suas palavras, explica o que é o etnocentrismo:
''O homem tem despendido grande parte de sua história na Terra. Separado em pequenos grupos, cada um com a sua própria linguagem, sua própria visão de mundo, seus costumes e expectativas.
O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Tal tendência, denominada etnocentrismo, é responsável em seus casos extremos péla ocorrência de numerosos conflitos sociais.''
Ao longo do século XIX, os antropólogos buscavam, por meio das teses, responder ao enigma da diversidade humana. E assim, o chamado evolucionismo social, que via uma linha evolutiva na

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