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Memorial do Convento

Diferenças amorosas entre D. João V – D. Maria Ana e Baltasar- Blimunda

Relação entre D. João V – D. Maria Ana

Sobrevalorização do homem em relação à mulher

Relações adúlteras por parte do rei (infidelidade).

Cumprimento do dever real – D. João V e D. Maria Ana não se amam; A rainha limita-se a obedecer e a respeitar as suas regras e deveres.

Relação obrigatória para procriar.

Formalidade entre o casal; a religião comanda as acções/ actos do casal real; receio das consequências do acto sexual, que é visto como um pecado.

D. Maria Ana não ama o seu marido. A rainha tem uma atracção pelo seu cunhado – o infante D. Francisco, portanto, neste excerto está comprovada a infidelidade da rainha para com o seu marido e para com a religião, pois nunca confessou tal sonho no confessionário.

D. Maria Ana sente-se perdida numa vida que não desejou que fosse assim. O facto de ter um marido leviano e de não o amar, a atracção por D. Francisco, o sofrimento de ser rainha devido às regras e obrigações a que está sujeita e a salvação dos seus pecados, os quais sabe que são difíceis de perdoar, fazem com que D. Maria Ana se sinta desprotegida e triste.

Relação entre Blimunda e Baltasar

Baltasar é maneta, perdeu uma mão na guerra. Blimunda tem poderes sobrenaturais, vê o interior das pessoas. Fazem parte do povo, do mais baixo nível da sociedade, são alvos de injustiça, não têm bens materiais de valor, vivem as mais variadas dificuldades mas tudo isto é suportado por algo pelo amor.

Após a questão que Blimunda fez a Baltasar, este não conseguiu distanciar-se mais dela. Depois do Auto-de-fé, a partir do qual Blimunda nunca mais viria sua mãe, volta a sua casa acompanhada pelo padre Bartolomeu e por Baltasar. O”Sete-Sóis” não pensa na guerra, nem no facto de ser maneta, nem nos familiares que estão em Mafra. Naquele momento “só tem olhos para os olhos de Blimunda”. Baltasar chega mesmo a dizer que Blimunda o encantou e, como