Portugalismo

353 palavras 2 páginas
A democratização da língua

Guilherme Montelo Alves de Lima1

Diante de uma sociedade que se diz contra qualquer espécie de preconceito é espantoso verificar que tal ocorre na forma linguística. Sendo por meio de uma gramática normativa tradicional tida e tratada com equivoco como sendo a própria língua portuguesa que se revela a opressão de um preconceito linguístico.

Diante disso Marcos Bagno dedica 224 páginas divididas em quatro capítulos e mais dois anexos em seu livro “Preconceito linguístico: o que é, como se faz”, a explicar as causa e os efeitos deste mecanismo da qual se origina uma forma de exclusão social, contrapondo as ideias daqueles que o exercem por meio de argumentos fomentados cientificamente através das mais recentes pesquisas na área da linguística.

Primeiro Bagno presta a fazer a desmitificação do preconceito linguístico, em seguida expondo suas consequências, dando após tal explanação de como combatê-lo finalizando com a explicação do preconceito que tem como alvo a linguística e os linguistas. O autor assume e defende uma posição parcial, pois acredita se tratar de uma forma política e que esta não se viabiliza sem levar em conta uma postura teórica definida, portanto a autor almeja que sua obra incite reflexões sobre a intolerância linguística.

No primeiro capítulo denominado “A mitologia do preconceito linguístico”, o autor visa ao conjunto de opiniões que sustentam o preconceito, opiniões estas classificadas como falaciosas e fantasiosas, separando tais “mitos” em oito subdivisões.

O primeiro mito trata de uma suposta unidade na língua portuguesa falada no Brasil, assumindo assim que não haja variedades nesta, entretanto e exatamente o oposto que ocorre. O autor julga este como sendo o mais problemático dos mitos, pois é a partir desse pressuposto que os meios de educação suprimem as variedades, impondo somente uma norma como correta, que por muitas vezes está dita correta se faz estrangeira ao individuo. No entanto tal

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