Portifílio Literatura

Texto 1:
Tudo era festa e ruído na vida deles. Acompanhados de grupos irrequietos, corriam para a luz, refugiavam-se na penumbra. Vidros e espelhos, tinham de sugar sofregamente o que a noite lhes oferecia. Pela madrugada, insaciados, abrigavam-se em casa e prosseguiam no ritual orgíaco até a explosão final do sexo. (O cemitério de copos e garrafas”.)”
(“AGLAIA”, RUBIÃO, 2000, p. 75)

Nos fragmentos acima é possível perceber que o eu-lírico refere-se às festas e diversões da noite, situação aproveitada por grupos de pessoas. Por meio da figura de conotação percebe-se claramente que na passagem ‘’ vidros e espelhos tinham que sugar sofregamente o que a noite lhes oferecia’’, posto que, o autor utiliza-se dessa expressão para fazer alusão de que forma insaciável na qual as pessoas aproveitavam o que a noite lhe oferecia de diversão.
Texto 2:
Palavras são feito gente, tem de todo jeito: bonitas, feias, gordas, magras, simpáticas, antipáticas, sérias, engraçadas, alegres, tristes; todo jeito. Beto diz que a gente pode aprender tudo com as palavras, mas para isso é preciso a gente gostar delas feito a gente gosta das pessoas. Eu também já pensei isso uma vez. Já reparou como é engraçado uma palavra, se a gente fica olhando para ela muito tempo e pensando nela? É engraçado, ela parece que começa a mexer, a viver; parece uma coisa viva. Palavras parecem uma porção de bichinhos brincando; brincando de serem palavras; já reparou isso? Fale uma palavra que você ache bonita... (“Françoise”, VILELA. 1998. p.84)
Nos fragmentos acima é possível perceber claramente a comparação utilizada pelo autor no termo ‘’palavras são feito de gente’’, tem de todo jeito....’’, ou seja, há uma tentativa de chamar o leitor para a análise de que as palavras estão intrinsecamente ligadas ao homem. Em outra passagem observa-se ‘’Beto diz que a gente pode aprender tudo com as palavras, mas para isso é preciso à gente gostar delas