porque

861 palavras 4 páginas
Este poema está inserido numa das linhas temáticas da poesia de Sophia de Mello Breyner Andersen a qual denuncia as injustiças e desigualdades sociais. O próprio título “Porque” reforça, através da anáfora, a ideia desenvolvida ao longo do poema. Deste modo, parece haver um diálogo entre o sujeito poético e um “tu”, que aparece no primeiro e último versos da primeira estrofe, assim como no último verso das estrofes seguintes.
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem E os seus gestos dão sempre dividendo. Porque os outros são hábeis mas tu não. Porque os outros vão à sombra dos abrigos E tu vais de mãos dadas com os perigos. Porque os outros calculam mas tu não. Sophia de Mello Breyner Andresen começou a escrever poemas desde muito nova, e ela própria, confirmou isso numa entrevista, onde disse que tinha encontrado a poesia muito antes de saber que havia literatura.
Sophia De Mello Breyner Andresen-Vida
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 16 de Novembro de 1919 no Porto, onde passou a sua vida até à altura em que se casou e mudou-se para Lisboa. Filha de Maria Amélia de Mello Breyner e de João Henriques Andresen, Sophia tem origem dinamarquesa pelo lado paterno. Cresceu num antigo seio aristocrático português.
Sophia de Mello Breyner Andresen casou-se em 1946 com o jornalista, politico e advogado Francisco Sousa Tavares, de quem teve 5 filhos, um deles é um jornalista e escritor de renome. Participou ativamente na oposição ao Estado Novo e é eleita, depois do 25 de Abril, deputada à Assembleia Constituinte
Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu aos 84 anos, no dia 2 de Julho de 2004, em Lisboa.
Sophia de Mello Breyner Andresen-vida poética Sophia de Mello Breyner

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