Política Externa no Brasil imperial de Dom Pedro I

Política externa no Brasil Imperial de Dom Pedro I
Sobre o Manifesto.
O Documento XVII da coletânea de documentos de Hipólito José da Costa é um Manifesto do Príncipe Regente do Brasil Dom Pedro I, às nações amigas. Com o interesse de manter as relações cordiais de amizade e comércio com as nações vizinhas e aliadas á antiga colônia portuguesa, se levar em consideração que boa parte da emancipação do Brasil se dá a partir 1808 quando a Corte portuguesa se muda para o Brasil fugida da Guerra Peninsular, transferindo a base do poder do reino que é a monarquia para o Brasil.
Como sucessor de D. João VI, D. Pedro I como príncipe regente estima as nações amigas que as relações, tanto diplomáticas quanto comerciais, não se modifiquem apesar da mudança na regência. Entretanto, serve como uma apresentação do povo brasileiro, já representado como um Reino Unido. Discorre sobre a constituição do povo brasileiro usando o índio e o colono europeu como base da população e que é na mistura destes que se da o povo brasileiro. Obviamente ele não chega a comentar sobre os povos vindos da África e aqui escravizados, pois não se considerava parte do povo.
Por serem países vizinhos constituídos de repúblicas que acabavam de se formar, pois até 1822 quase todas as antigas províncias espanholas na América haviam obtido sua independência1, o Príncipe Regente faz um discurso liberal e iluminista, dando apoio ao livre mercado e quanto ao Brasil se pondo contra ao antigo regime de comércio exclusivo com a metrópole. Porém ele culpa os revolucionários do Porto por atrapalhar os avanços do Brasil quanto ao livre comércio e exime a família real e principalmente D. João VI de toda a culpa redirecionando o discurso. Ataca o Congresso português e o acusa de limitar os poderes de seu augusto pai, inocentando e pondo-o como vítima da nova forma de Estado Português. Como se um déspota esclarecido, o Príncipe Regente discursa como é importante para o povo brasileiro que as “luzes e liberalismo”