poluição visual
QUEM LUCRA COM O CAOS?
Heliana Comin Vargas(*)
Camila Faccioni Mendes(**)
Publicado no Portal do Estado de São Paulo. www.estadao.com.br/ext/eleicoes/artigos31/08/2000 Se olharmos para o desenvolvimento da comunicação humana ela segue uma linha muito simples: sons, gritos e, eventualmente , discursos. Símbolos deram formas visuais ao discurso que, por sua vez, transformaram-se numa linguagem escrita.
Áreas específicas de comércio têm desenvolvido linguagens e símbolos próprios, que os identificam no mundo. O nome curto para estes símbolos é
“logos”. Do grego , “logos” que significa “ a palavra” ou “o caminho”.
Clareza na definição da identidade e identificação pela singularidade são os fatores mais fortes para alcançar o sucesso e a sobrevivência do negócio.
Este processo de identificação é a grande estratégia de comunicação na sociedade de consumo.
Assim, diante da proliferação de imagens, signos e mensagens que vêm ocorrendo nas cidades, uma primeira abordagem do problema passa pela discussão do seu significado e alcance. vitalidade ou poluição visual
Quantas vezes, entramos num restaurante, ou numa loja e dizemos: Ih! Não deve ser bom, está vazio !!!!
A grande quantidade de pessoas passa a sensação de que existe qualidade e interesse pelo local. As clínicas médicas e alguns médicos costumam, sobrepor ou atrasar consultas, para que os clientes tenham a sensação de que seus serviços são muito procurados.
Assim, tudo o que dá a sensação de congestionado passa, imediatamente, à sensação de concentração de atividades interessantes e aguça a nossa curiosidade. Neste sentido, muitas atividades trabalham com espaços menores do que o necessário de forma a dar sempre a sensação de muita atividade e, portanto, dinamismo, vitalidade.
Assim, ficamos extasiados diante de todos aqueles letreiros luminosos, da
Broadway, que nos indicam que estamos numa área onde a atividade cultural e de lazer é a mais