Poluição aquática

Poluição Aquática no Brasil e no Mundo
Uma das principais formas de poluição no mangue, em escala global, é a poluição aquática por produtos químicos que normalmente são observados através de estudos realizados nas águas adjacentes aos taludes após o recebimento de efluentes, que podem ser acumulativos e levar anos para serem sentidos quando ingeridos pelos seres humanos. Esses efluentes, oriundos da carcinicultura, possuem toxinas utilizadas para controle de peixes e moluscos; desinfetantes, tratamento de água e solo e quimioterapêuticos. Além disso, a descarga de efluentes com altos níveis de DBO pode causar redução do oxigênio nas águas receptoras.(1)
Uma outra forma de poluição no mangue é a denominada auto-poluição onde a qualidade da água para os tanques de camarão fica comprometida pelos próprios dejetos resultando na deterioração do ambiente de cultivo com conseqüente perda da produtividade, epidemias, e finalizando com a inviabilização econômica da produtividade.
As atividades de carcinicultura no mangue geram alguns procedimentos que são maléficos ao ecossistema manguezal como, por exemplo: a construção de canais provoca o desvio do fluxo de água gerando uma diminuição no aporte de nutrientes o que ocasiona um maior acúmulo de substâncias tóxicas no sedimento. A construção de barreiras, taludes (tanques) provocam acúmulo de água no sedimentos e impede a entrada das marés gerando evaporação da água do sedimento e aumento da temperatura e da salinidade além de impedir as trocas gasosas. (1)
Também causa poluição no mangue a grande quantidade de ração que é colocada nos viveiros e não é consumida pelos camarões gerando altas concentrações de nitrogênio e fósforo como podemos observar na tabela a seguir que mostra a qualidade da água em viveiros intensivo na Tailândia (Macintosh and Philips, 1992). Essa alta concentração de nitrogênio e fósforo orgânico proveniente do excesso de ração e também dos esgotos domésticos são, geralmente, reciclados