Politica Grega

Os gregos inegavelmente nos deixaram um legado riquíssimo em questão de cultura e sabedoria. A polis é um estado que busca sua própria autonomia que se tornou uma cidade com grande unidade espiritual e que é aberta para o exterior. Surgida no século VIII a.C. cresceu num fato de fundamental importância e decisivo na história do pensamento grego, de acordo com Vernant. As consequências do aparecimento da polis atingirão sua plenitude, após ela atingir diferentes etapas e assumir formas variadas. Com o surgimento da cidade-estado o cidadão pertence a duas ordens de existência, aquela que lhe é própria e a que é comum, pois era a garantia da insignificância da vida individual.
Segundo Eurípides, a cidade-estado não é só de um individuo, ou de um grupo, mas sim de todos. Referindo-se a Atenas, polis é uma empresa educativa, pois tende a garantir os requisitos principais para a sobrevivência e segurança da cidade. O teatro e a tragédia estão entre os instrumentos fundamentais dessa educação comunitária. As características principais da polis, segundo Vernant, são a utilização da palavra, que dominava todos os outros instrumentos de poder.
Vernant afirmava que havia outro aspecto que determinava o universo da polis, que era a isonomia, que é a liberdade na igualdade. Substituíram as relações de submissão e domínio pela relação de reciprocidade reversível, sendo que, no plano político os cidadãos se concebem como iguais. Na cidadania o cidadão é um habitante da cidade (polis), que para obter a cidadania precisava ser homem adulto nascido em Atenas e livre. Na Grécia antiga, a cidadania estava relacionada a uma minoria da população, nesse tempo só era considerado cidadãos os homens com mais de 21 anos, que fossem atenienses e filhos de pais atenienses. Ela era exercida diretamente pelo cidadão, que tinha o direito de propor e aprovar leis. Para os gregos a cidadania era um bem inestimável, pois os cidadãos eram todos aqueles que tivessem a opinião sobre a