Poesia brasileira e modernismo

A poesia brasileira, na segunda fase do modernismo (1930-1945), vivia os seus melhores momentos. Era uma geração despreocupada e os poetas desenvolviam tendências próprias sem a preocupação de chocar ou agredir o público tradicionalista. Percebe-se, no ponto de vista literário, uma maturidade, pois não há mais a necessidade de escandalizar os meios académico-culturais, mas de levar adiante a liberdade de expressão. Nota-se a presença de versos livres e de sonetos voltados para as questões universais do homem e para os problemas de uma sociedade capitalista. Verificam-se ainda reflexões sobre o fazer poético, além do misticismo e da religiosidade. Construção e dimensão universalista são elementos fundamentais na segunda geração modernista.

Nesta altura a poesia era a purificação de meios e formas, aumentando a inquietação filosófica e religiosa, ao tempo em que a prosa alargava a sua área de interesse para incluir preocupações novas de ordem política, social e econômica, humana e espiritual. Sucedeu-se a importância de espírito, a seriedade da alma e meios.
A geração de 30 já encontrou uma linguagem poética modernista estruturada. Começou então a aperfeiçoá-la e a extrair dela variações negativas, numa maior estabilidade. O Modernismo dos anos 30 era mais voltado para o drama do mundo e o desconcerto do capitalismo.

Nessa fase encontram-se vários poetas de entre eles Cecília Meireles, que vai ao encontro da reflexão filosófica e existencial.
Meireles é a primeira grande escritora da literatura brasileira e a principal voz feminina da poesia Brasileira moderna. Sua obra privilegia a riqueza do léxico, numa linguagem que explora os símbolos e as imagens sugestivas e seguindo a musicalidade.

Cecília Meireles nunca esteve associada a nenhum movimento literário. A sua poesia, associa-se às tradições luso-brasileiras, e ao