Pirólise
Pirólise é aplicada para a liquidificação de biomassa e resíduos orgânicos. A pirólise (também conhecida como termólise) é a degradação térmica incompleta dos materiais carbonáceos sólidos, a qual pode ser realizada em ausência completa de um agente oxidante (especificamente oxigênio) ou em uma quantidade tal que a gaseificação não ocorra totalmente. Frequentemente são usadas temperaturas que variam na faixa de 400-800oC (pirólise a baixa e a alta temperatura),. Além do produto principal, o bio-óleo, obtêm-se também carvão vegetal e gás pobre. Ocorre a combustão da biomassa (geralmente lenha) praticamente sem a presença de oxigênio, o que faz com ela se transforme em carvão que possui duas vezes mais densidade energética que a biomassa original.
A pirólise convencional produz alcatrão e ácido piro-lenhoso como resíduos que, depois de tratamento prévio, podem ser utilizados como óleo combustível. A desvantagem é que são necessárias cerca de 4 t de biomassa para produzir apenas 1 t de carvão. Outro tipo de pirólise, mais avançada, que usa temperaturas mais altas gera como produtos um gás rico em hidrogênio e monóxido de carbono (60%) e apenas 10% de carvão sólido o que a torna comparável a gaseificação.
As principais características do processo de pirólise rápida são: curtos tempos de aquecimento das partículas e de residência para os vapores que se formam dentro do reator, elevadas taxas de aquecimento, elevados coeficientes de transferência de calor e massa, e temperaturas moderadas da fonte de aquecimento. Em geral, o tempo de residência dos vapores no reator deve ser inferior a 2-5 segundos. Todas as tecnologias de pirólise em desenvolvimento no mundo aplicam estes princípios básicos visando maximizar o rendimento gravimétrico de bio-óleo. A produção de um derivativo líquido que poderia ser facilmente armazenado e transportado é, com certeza, a principal vantagem potencial da pirólise