Pilula do Dia seguinte

2Hormônios presentes na pílula do dia seguinte

Você sempre se previne com camisinha, só que dessa vez ela estourou. E agora? A saída é a pílula do dia seguinte, método de emergência para evitar a gravidez. Mas, cuidado: o remédio é uma bomba de hormônios e não deve ser tomado como bala. Possui 20% a mais de hormônio do que o anticoncepcional comum (equivale a 10 comprimidos), por isso, causa efeitos colaterais.
A pílula pode alterar o ciclo menstrual e o tempo da ovulação, ficando impossível calcular o período fértil e o dia da menstruação. Há casos em que a mulher sente dor de cabeça, tem retenção de líquido, sensibilidade nos seios, náusea e vômito. "Se for usada seguidas vezes, perde a eficácia. Caso seja ingerida junto com anticoncepcional comum, pode causar danos mais sérios como trombose (coágulo grave nos vasos sanguíneos)", explica Anderson Moura, professor de ginecologia da Faculdade de Medicina do ABC.
Outro risco, por causa da quantidade excessiva de hormônios, é a probabilidade de uma futura gravidez ser ectópica (quando o bebê é gerado fora do útero). Além disso, nem todas as mulheres podem usar o método de emergência. Quem tem doença hematológica (no sangue), vascular, é hipertensa ou muito obesa, corre riscos. A grande quantidade de hormônio pode obstruir os vasos sanguíneos. "Pessoas que não conseguem metabolizar hormônios também não podem tomar", ressalta Carolina Carvalho, ginecologista da Unifesp.
Jéssica*, de São Bernardo, usou a pílula do dia seguinte pela primeira vez aos 17 anos. "Cheguei a tomar duas em um intervalo de três meses. Levei bronca do médico, claro." Por causa do esquecimento frequente do anticoncepcional, ela começou a tomar injeção de hormônios uma vez por mês. "Foi a maneira que encontrei de não ficar com medo de engravidar e recorrer ao método de emergência."

TIPOS - Há dois tipos de pílula do dia seguinte: dose única, que deve ser tomada em até 72 horas após a relação sexual; e dois comprimidos, um ingerido após a