Periodo Regencial
Foi o período da História do Brasil imediatamente depois da renuncia de Pedro I ao trono e ao governo brasileiro, em 1831, e que vai até 1840 quando o herdeiro Pedro II se torna imperador.
Como já estudamos, a renúncia foi ocasionada por problemas políticos que fizeram que o governo de Pedro I (1822 a 1831) fosse caracterizado como instável. Diante dos desentendimentos entre aqueles que apoiavam o imperador (militares e comerciantes portugueses), o Partido Português, e os que criticavam a forma autoritária que o imperador governava nosso país. Estes últimos, membros da elite brasileira (ricos proprietários e comerciantes que participavam da política para defender seus negócios) formavam durante o Primeiro Reinado o Partido Brasileiro.
Depois da renúncia de Pedro I, em 1831, o Brasil foi governado por regentes, isto é, pessoas que foram escolhidas para governar o país em nome do herdeiro do trono que era menor de idade. Os primeiros tempos deste período foram marcados por grande agitação política e social. Os partidos se reorganizaram pela disputa para governar:
a) Restauradores (ou caramurus): em sua maioria militares e comerciantes portugueses que queriam a volte de Pedro I ao Brasil;
b) Moderados (ou chimangos): grupo formado por grandes proprietários de terras que eram a favor da continuação da monarquia e do voto censitário. Eram contra qualquer mudança que beneficiasse a população mais pobre e seus negócios;
c) Exaltados (ou jurujubas, ou farroupilhas): defendiam reformas que melhorassem a vida das pessoas pobres, o voto para todos, o fim do poder moderador e mais liberdade política para as províncias.
As disputas políticas entre estes grupos resultaram em revoltas e guerras civis em várias províncias do Brasil:
Cabanagem – no Pará entre 1835 e 1840;
Guerra dos Farrapos – no Rio Grande do Sul e Santa Catarina entre 1835 e 1845;
Sabinada – na Bahia entre 1837 e 1838;
Revolta dos Malês