Perfusão Extracorópea

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Foi a frase que marcou a entrevista do Dr. Wander Ribeiro dos Santos, biomédico especialista em circulação extracorpórea e membro titular da Sociedade Brasileira de Circulação Extracorpórea, com 23 anos de experiência profissional, à aluna Fernanda Caetano, estudante de biomedicina da UFRJ. Dentre as inúmeras possíveis áreas de atuação do biomédico está a perfusão extracorpórea, entretanto pouco conhecida. Esta técnica, utilizada em cirurgia cardíaca, consiste em manter o paciente com suporte artificial de vida (coração, pulmão e rim artificial) por meio de uma máquina que é temporariamente capaz de substituir as funções do coração e dos pulmões, oxigenando o sangue e bombeando-o através do sistema circulatório. Segundo o Dr. Wander, há 15 anos o perfusionista era conhecido no meio médico como “a pessoa que toma conta da bomba”. Entretanto, ocorriam complicações nas cirurgias, inclusive com óbito. Após serem investigadas, descobriu-se estarem relacionadas direta ou indiretamente à técnica empregada na circulação extracorpórea. A partir de então, passou-se a exigir melhor formação dos perfusionistas, que eram naquela época treinados pelos cirurgiões, porém sem nenhuma formação técnica adequada. A perfusão é hoje uma área multidisciplinar, que pode ser legalmente praticada por profissionais da saúde que tenham formação superior em Enfermagem, Fisioterapia, Biologia ou Biomedicina. Entretanto, o único conselho de classe a reconhecê-la oficialmente como área de atuação, foi o Conselho Federal de Biomedicina. Atualmente após um treinamento pós-graduado em Perfusão, pode-se obter certificado de especialização em perfusão extracorpórea. Confira abaixo a entrevista com o Dr. Wander: BioICB: Como é o trabalho do perfusionista em si e o que o biomédico faz na hora da cirurgia?
Dr. Wander: A atuação do perfusionista vai muito além da sala de cirurgia. Este deve: Acompanhar o paciente no pré-operatório, acompanhar as reuniões

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