Pensamento político na antiguidade clássica
A Filosofia surgiu na Grécia entre os séculos VI e IV a.C como produto de um contexto histórico e social com princípios e objetivos específicos, e gênero cultural autônomo. Com o desenvolvimento do comércio e da expansão marítima consolidados com as várias cidades-estados e com a sociedade ateniense, origina uma classe política influente tornando necessária a instituição sólida da sociedade grega, tendo início com as reformas políticas de Sólon e posteriormente por Clístenes introduzindo praticamente as primeiras regras da democracia (“possibilidade de se resolverem, através do entendimento mútuo, e de leis iguais para todos, as diferenças e divergências existentes nessa sociedade em nome de um interesse comum”), chegando ao governo de Péricles e Efialtes. Essa preocupação com os negócios traz a necessidade de conciliar os diferentes interesses em seu meio e então são feitas as assembleias que são reuniões com debates entre os cidadãos onde a razão se sobrepõe a força e os participantes tem isegoria (poder de interrogar, questionar, contra argumentar). Nessas reuniões “as decisões são tomadas por consenso, o que acarreta persuadir, convencer, justificar, explicar”. Nem sempre foi assim, anteriormente reinavam a tirania e a oligarquia.O surgimento da filosofia corresponde à busca de bases para essa discussão. Os gregos contribuíram não só com o surgimento da filosofia, mas também, com a ciência, a astronomia, a física, a política, a medicina, o teatro, entre elas a arte do discurso, da oratória e da retórica onde surgem os mestres sofistas (apesar de significar sábio, esse termo tomou forte conotação depreciativa) pensadores e filósofos com o dom da oratória e adversários de Sócrates, Platão e Aristóteles, influenciando com suas técnicas os governantes e líderes políticos. Eles não constituíram escola,