Pensamento em Santo Agostinho
Artigo da pós em Filosofia e Sociologia
INTRODUÇÃO
Santo Agostinho, filósofo e teólogo da Patrística, desenvolveu a atividade de educador em um período da história, na qual a educação tinha um caráter fortemente disciplinar. Caracterizou-se principalmente como elaborador e sistematizador das concepções culturais e educacionais dos chamados santos padres, construindo, assim, seu legado para toda a Idade Média.
Dentre as concepções antropológicas desenvolvidas ao longo da história, a tradição filosófica situa a concepção educacional agostiniana como sendo essencialista ou metafísica herdada dos gregos, na qual se buscava a unidade na multiplicidade ou uma essência que caracteriza cada coisa. Santo
Agostinho acreditava numa essência humana e num modelo de humanidade, no qual a educação era a forma de atingir tal modelo.
A Patrística foi marcada como um período de forte dominação eclesiástica e com grande espaço para o monarquismo. A partir de uma filosofia voltada para o conhecimento de Deus e da alma, Santo Agostinho contribuiu estritamente para a formação cristã. Seu pensamento foi fundamentado no
platonismo
e
neoplatonismo,
principalmente
pelo
pensamento clássico, adequando-os à doutrina cristã.
Quanto
ao
fenômeno
educativo,
Santo
Agostinho
tinha
certa
preocupação quanto à hierarquia dos saberes que iriam compor o conteúdo da formação cristã e até que ponto o conhecimento da filosofia clássica iria contribuir para a mesma. Ele considerou os saberes adquiridos pela filosofia clássica como importantes para a formação do homem cristão, porém a verdadeira sabedoria estaria nas Sagradas Escrituras.
Entretanto, a educação do homem cristão implica num longo processo de purificação, de passagem do homem exterior para o homem interior, na qual a fé e razão estão juntas. Através da utilização das obras mais importantes de
Santo Agostinho, como Confissões, De Magistro, A Trindade,