Pele de vidro

Hoje em dia as cortinas de vidro são sinônimo de modernidade, além de passar a contribuir significamente para o conforto e desempenho térmico dos ambientes internos dos edifícios. A “pele de vidro” é uma tendência na arquitetura comercial e que vem ganhando ainda mais força nos últimos anos por conta da questão de sustentabilidade e do avanço na tecnologia dos materiais. Além de dar um toque de modernidade ao prédio proporciona conforto térmico e redução no gasto de energia elétrica.
Integrar ambientes, filtrar a luz natural e dar leveza à construção são qualidades conhecidas do vidro. Não por acaso, desde que surgiu o material ganhou superfícies cada vez maiores na construção civil. Hoje ele é usado no hemisfério norte como peça-chave em projetos de greenbuilding e no Brasil desponta como um produto cada vez mais comum nas planilhas dos profissionais preocupados com o meio ambiente. Segundo eles, já existem alguns tipos de vidro que garantem maior luminosidade e menor penetração de calor, reduzindo iluminação artificial e uso de aparelhos de ar condicionado, respectivamente.
Um exemplo de greenbuilding está localizado na Alemanha, onde a bolha que abriga a biblioteca da Universidade Livre de Berlim é toda fechada com painéis opacos e translúcidos intercalados, numa alternância que promove a luminosidade natural mais confortável possível no interior do edifício. Algumas unidades abrem e ventilam a área interna durante 60% do ano. O controle de temperatura é feito por um sistema de serpentinas, responsável por uma economia de 35% no consumo de energia.
Projetos de construção sustentável primam pela escolha criteriosa dos materiais, que entram na obra em função do baixo impacto ambiental acumulado desde a extração da matéria-prima até o seu descarte. Nesse quesito, porém, o setor incorporou ganhos ambientais significativos no Brasil nos últimos anos. A primeira grande mudança veio nos anos 80, com os precipitadores eletrostáticos que reduziram muito a emissão de