Pedro da Costa Rego e o primeiro curso de jornalismo da Universidade do Distrito Federal

6540 palavras 27 páginas
COSTA REGO E O CURSO PIONEIRO DE JORNALISMO
DA UNIVERSIDADE DO DISTRITO FEDERAL

Lidiane Diniz Fernandes Santos de Souza1

1. RESUMO
A história da Universidade do Distrito Federal — UDF perpassa por sua experiência singular na institucionalização do ensino superior no Brasil. Fruto de um movimento educacional liberal pelo saber desinteressado e comprometido apenas com a verdade, a universidade carrega a honra de ter instituído o primeiro curso de Jornalismo no país. Sistematizado pelo jornalista Pedro da Costa Rego, editor do diário carioca Correio da Manhã e reconhecido como um dos profissionais da Imprensa mais respeitados de sua época, o curso foi relegado ao esquecimento, após o fechamento da instituição em razão do Golpe de Getúlio Vargas, com o início do Estado Novo. Este trabalho visa resgatar a importância desse ensaio inédito do Jornalismo na universidade, desvendando as bases teóricas que forneceram subsídios a Costa Rego para sistematizar o curso e como sua trajetória profissional o credenciou para ser o Primeiro Catedrático em Jornalismo do Brasil. Estudo histórico, que se utiliza da pesquisa documental e bibliográfica para preencher essa lacuna no processo comunicacional brasileiro.

Palavras-chave: Jornalismo, Costa Rego, Correio da Manhã, Universidade do Distrito Federal

2. INTRODUÇÃO
O jornalismo brasileiro completa 200 anos de história com uma fisionomia característica de nossa realidade nacional. São dois séculos de um percurso marcado pela postura de pensadores emblemáticos, que ajudaram a definir a identidade nacional, valorizando e reforçando o modo brasileiro de fazer jornalismo, que se vai constituindo após a emancipação política iniciada em 1822 e completada efetivamente durante a Regência (1831-1840), quando se garante a unidade territorial ameaçada pelas revoltas regionais.
Caracterizado pela sintonia crítica com relação aos modelos hegemônicos, ao mesmo tempo em que a manutenção do diálogo com as sociedades forâneas é

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