Pedagogia
Introdução
Inicialmente, parte-se da idéia que no geral as escolas públicas no Brasil, aquelas destinadas à maioria da população, encontram-se em situação de extrema precariedade, as quais pouco tem contribuído para um processo de desenvolvimento voltado à humanização e libertação das massas populares. A situação de degradação que persiste há décadas em nossas escolas, sem que o Estado tome providências, possibilita o questionamento, como aponta Paro (2000, p.20), do “[...] real interesse do Estado em dotar a população, em especial as amplas camadas trabalhadoras, de um mínimo de escolaridade”. Na tentativa de superação dessa situação de precariedade encontrada nas escolas brasileira, esforços teórico-práticos precisam ser implantados tanto pelos profissionais da educação (professores, pedagogos, psicólogos, etc.) quanto os demais profissionais e sociedade civil, no sentido de se reivindicar melhores condições de ensino e aprendizagem através da garantia efetiva da socialização do saber elaborado (SAVIANI, 2000). Discutir a relação entre Psicologia e Pedagogia nos remete às questões mais amplas da educação escolar, no sentido de considerá-la como uma das mais importantes e significativas possibilidades de humanização dos sujeitos em nossa sociedade. Apesar da indiscutível importância da educação escolar no processo de formação humana, nem sempre a Psicologia e a Pedagogia estabeleceram um diálogo satisfatório no sentido de oferecer contribuições aos sujeitos da comunidade escolar para que se organizassem e construíssem coletivamente processos educativos efetivamente humanizadores. Esse artigo limitar-se-á a apresentar a Psicologia e a Pedagogia como sendo duas ciências distintas que se complementam, buscando subsídios para se (re) pensar essas ciências no interior da