Pedagoga

Livro: QUANDO A ESCOLA É DE VIDRO
Autora: Ruth Rocha

Resumo:

A autora desenvolve o livro na primeira pessoa do singular, no inicio diz que ia pra escola diariamente, e ao chegar tinha que entrar direto no vidro, que entendo que seja a carteira, onde cada aluno tinha a sua ou seja; seu vidro. Esse vidro ou carteira não dependia do tamanho do aluno e sim da classe em que estudava. Os vidros iam crescendo na medida em que o aluno ia passando de ano. Mas isso não significa que eram confortáveis, pois independente se você era gordo, magro, pequeno ou grande o vidro era do mesmo tamanho pra todos, o que os tornavam desconfortáveis. Como cada aluno ficava “preso” na carteira, não escutavam direito o que o professor estava dizendo e nem o professor entendia o aluno.

Os alunos só tinham uma folguinha na hora do recreio ou na aula de educação física, onde ficavam mais livres... com toda energia acumulada presa no vidro, quando saíam era como uma explosão que os impulsionavam a correr, gritar e bater uns nos outros. As meninas tinham mais dificuldade em sair do vidro, no recreio ficavam quietas e na aula de educação física, não levavam o menor jeito. Uns diziam que tinha alunos que usavam o vidro ate em casa e que eram os mais tristes, pois nem sabiam inventar brincadeiras ou ate mesmo dar risada à toa.

Não adiantava reclamar, tinha uma professora que dizia que tinha boa postura por ter usado o vidro até para dormir. Quando alguém falava que tinha escolas que não usavam o vidro, a professora dizia que era mentira ou conversa de comunista... Quando alguém não se acomodava ao vidro era até expulso da escola.

Certo dia chegou um aluno que viam ele como favelado e carente que não tinha vidro que ele ficasse. Como ele não pagava mesmo, resolveram deixar ele ficar fora do vidro. O nome dele era Firuli. Ele desenhava melhor que os outros, respondia as perguntas mais rápido, pois não tinha vidro pra atrapalhar a audição dele, e, até era o mais engraçado. Os