Parte Escrita Semin Rio De Cardio
A Organização Mundial De Saúde (OMS) definia infarto do miocárdio pelos sintomas apresentados, alterações no ECG e alterações de enzimas. No entanto, com o desenvolvimento de marcadores bioquímicos mais sensíveis e específicos, e de técnicas de imagem mais precisas, pequenos episódios de necrose do miocárdio podem ser detectados; dessa forma, alguns critérios para definição de IAM foram reorganizados.
O termo IAM reflete a morte de células cardíacas, miócitos, causada pela isquemia, o que é resultado de desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio.
O termo Síndrome Coronariana Aguda (SCA) é utilizado para se referir a pacientes que apresentam infarto agudo do miocárdio ou angina instável (AI).
Em 2001, nos EUA, 1.680.000 americanos foram internados e tiveram o diagnostico confirmado de SCA. Destes, 959.000 tiveram diagnostico de IAM e 758.000 de angina instável; 37.000 pacientes receberam os dois diagnósticos. Em 2004, a estimativa de gastos diretos e indiretos com a doença coronariana nos EUA foi de cerca de 133,2 bilhões de dólares.
ETIOPATOGENIA E FISIOPATOGENIA
A maioria dos infartos resulta da formação de um trombo oclusivo sobre uma placa aterosclerótica coronariana como consequência da ruptura de uma placa instável de artéria epicárdica. As placas instáveis (passiveis de ruptura) geralmente não diminuem o fluxo sanguíneo regional nem causam sintomas e são compostas por um núcleo lipídico volumoso recoberto por fina camada de endotélio com intensa atividade inflamatória.
Após a ruptura de uma placa instável há exposição de material subendotelial que promove ativação e adesão plaquetária e formação de trombina, com consequente instalação de um trombo intracoronário. Posteriormente, fatores tissulares liberados pela artéria lesada ativam a via extrínseca da cascata de coagulação que promove a formação de fibrina. O trombo resultante pode levar a interrupção total do fluxo sanguíneo regional com desbalanço entre oferta